Este artigo discute o problema da dor de amor nos diferentes campos do saber que compunham a medicina da alma da primeira modernidade. Deu-se especial destaque às reflexões do médico francês Jacques Ferrand (1575-1623) sobre o caráter instável, ilusório e faltoso do amor. Conclui-se que a dor de amor exige pensar as relações entre os afetos e o corpo, além de desafiar as próprias categorias diagnósticas e os tratamentos tradicionais.