Objetivou-se analisar a dor no recém-nascido sob a perspectiva da equipe multiprofissional de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, realizado com 27 profissionais. A coleta de dados deu-se durante o mês de junho de 2016 por meio de um questionário estruturado fechado elaborado com base no questionário utilizado por Chermont et al. (2003). O instrumento abordou dados sociodemográficos, os critérios de identificação da dor, a conduta assistencial adotada, os sinais clínicos que motivaram a escolha da conduta, a análise da efetividade das intervenções e os procedimentos assistenciais capazes de ocasionar a dor. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e distribuição de frequências por meio do programa Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 21.0. A equipe multiprofissional concordou que o recém-nascido sente dor (100%). O choro e a expressão facial foram as manifestações comportamentais mais observadas (88,9%). Os parâmetros fisiológicos utilizados para detectar a presença de dor identificaram a frequência cardíaca (81,5%), frequência respiratória (74,1%) e êmese, pressão arterial e hipertermia (11,1%). O enrolamento de conforto foi a conduta de intervenção não farmacológica mais citada (66,7%). Conclui-se que, a equipe multiprofissional identifica a dor no recém-nascido, contudo, suas assistências não se fundamentam em boas práticas por meio da aplicação de escalas e protocolos.
This study aims to analyze pain in the newborn from the perspective of the multi-professional team in a Neonatal Intensive Care Unit. This is a descriptive and exploratory study, using a quantitative approach, performed with 27 professionals. Data were collected during the month of June 2016 through a closed structured questionnaire based on the questionnaire used by Chermont et al. (2003). The instrument covered sociodemographic data, pain identification criteria, adopted care behavior, clinical signs that led to the choice of conduct, analysis of effectiveness of the interventions, and assistance procedures that could cause pain. Data were submitted to descriptive statistical analysis and frequency distribution using the Statistical Package for Social Science (SPSS) version 21.0. The multi-professional team agreed that newborns feel pain (100%). Crying and facial expression were the most frequent behavioral manifestations (88.9%). The physiological parameters used to detect the presence of pain identified were heart rate (81.5%), respiratory rate (74.1%) and emesis, blood pressure and hyperthermia (11.1%). Comfort pacing was the most frequently mentioned nonpharmacological intervention (66.7%). It can be concluded that the multi-professional team identifies pain in the newborn; however, their care practices are not based on good practices through the application of scales and protocols.