Dor osteomuscular, perfil e qualidade de vida de indivíduos com doença falciforme

Revista Brasileira De Fisioterapia

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ISSN: 14133555
Editor Chefe: 11
Início Publicação: 29/02/1996
Periodicidade: Bimestral

Dor osteomuscular, perfil e qualidade de vida de indivíduos com doença falciforme

Ano: 2012 | Volume: 16 | Número: 5
Autores:
Autor Correspondente: Daniela Gonçalves Ohara | [email protected]

Palavras-chave: anemia falciforme; dor; fisioterapia; qualidade de vida.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

CONTEXTUALIZAÇÃO: As doenças falciformes constituem um grupo frequente no Brasil. Suas alterações ocasionam vaso-oclusão, resultando em isquemia, inflamação, disfunções, dor e hemólise crônica, gerando danos irreversíveis, comprometendo a qualidade de vida.
OBJETIVO: Verificar a relação entre a dor osteomuscular, considerando sua localização corporal, e características sociais, econômicas e de qualidade de vida em indivíduos com doença falciforme.
MÉTODOS: Foram coletadas informações pessoais, sociais e econômicas, além de dados do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e Short Form 36 em 27 indivíduos. Os dados foram analisados descritivamente por meio de frequências e porcentagens. A análise inferencial usou o teste do qui-quadrado (variáveis dicotômicas) e t de Student (variáveis contínuas), com significância de 5%. Análises de regressão logística utilizaram como variáveis dependentes cada uma das que se relacionaram com dor.
RESULTADOS: A média de idade foi de 31,77 anos, predominando sexo masculino, negros, emprego ativo, escolaridade média e rendimento inferior a três salários mínimos. Quadril/membros inferiores, região dorsal, lombar e braços foram mais acometidos pela dor. A capacidade funcional apresentou o maior valor, e saúde mental, o menor. Aspectos físicos foram comprometidos pela dor nos braços, coluna dorsal e lombar. Aspectos sociais não se associaram com a dor, indicando influência de outros fatores. A dor nos braços foi mais frequente entre os negros e os com baixa escolaridade.
CONCLUSÃO: A dor nas regiões corporais analisadas relacionou-se com a raça e a escolaridade e com todos os domínios referentes ao componente físico do SF-36. Os componentes vitalidade e saúde mental apresentaram associação significativa com a dor.