Este artigo discute o estatuto concedido aos dados gerados por meio de entrevistas de pesquisa com jornalistas e busca avançar na definição de recursos e estratégias de confrontação, triangulação e objetivação desses relatos. A proposta de um modelo de análise de entrevistas é ilustrada a partir do relato da carreira profissional de uma jornalista. Destaca-se a importância da utilização de categorias que se constituam em um espécie de interstÃcio entre a subjetividade da narrativa individual e as propriedades macrossociais. Além disso, pesquisador deve empreender um esforço de desconstrução do discurso do jornalista entrevistado, contextualizando sua narrativa em uma grade analÃtica teoricamente fundamentada ou se utilizando de dados empÃricos de outras pesquisas sobre temas correlatos.