Duas apresentações diferentes da mesma doença - um diagnóstico a considerar

Residência Pediátrica

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ISSN: 22366814
Editor Chefe: Clemax Couto Sant'Anna, Marilene Crispino Santos
Início Publicação: 30/04/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Duas apresentações diferentes da mesma doença - um diagnóstico a considerar

Ano: 2024 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: Ana Fraga; Felicidade Santiago
Autor Correspondente: Ana Fraga | [email protected]

Palavras-chave: Dermatite Fotoalérgica, Plantas, Dermatite de Contato, criança

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A fitotofodermatite é uma erupção cutânea inflamatória fototóxica causada após a pele ser exposta a compostos fotossensibilizantes em plantas, também conhecidas como furocumarinas; e radiação ultravioleta A. As lesões cutâneas limitam-se às áreas em contacto com o agente fototóxico, surgindo normalmente 24 horas após a exposição e atingindo o pico 48-72 horas depois. A área afetada geralmente descama e desenvolve hiper ou hipopigmentação, que pode demorar meses ou anos a desaparecer. O tratamento é essencialmente sintomático com a aplicação de esteróides tópicos e compressas frias, e com a evicção da luz solar, permitindo a auto-resolução da dermatose. Todavia, tratando-se este fenómeno de uma queimadura química, deve ser gerido de acordo com o impacto da mesma. A identificação e remoção adequadas do agente ofensivo conduz, comummente, a um bom prognóstico. Esta condição pode ser mal diagnosticada como outras perturbações da pele, a título de exemplo, dermatite de contacto alérgico, celulite, abuso físico, e deve ser sempre considerada como diagnóstico diferencial, mormente em meses de verão.



Resumo Inglês:

Phytophotodermatitis is a cutaneous phototoxic inflammatory eruption caused after the skin is exposed to photosensitizing compounds in plants, also known as furanocoumarins, and ul-traviolet A radiation. The skin lesions are limited to the areas in contact with the phototoxic agent a sun-exposed, usually appear 24 hours after exposure and peaks at 48- 72 hours. The affected area usually peels and develops permanent hyper or hypopigmentation, which may take months or years to fade. Treatment is essentially symptomatic with topical steroids and application of cold patches, as well as avoidance of sunlight to allow the dermatitis to self-resolve. However, this phenomenon is a chemical burn and should be managed according to the impact. With appropriate identification and removal of the offending agent the prognosis is usually good. This condition may be misdiagnosed as other skin disorders, as allergic contact dermatitis, cellulitis, physical abuse, and it should always be considered in differential diagnosis in sum-mer months.