As interlocuções interculturais como também aquelas que envolvem as identidades podem exibir a supressão da experiência histórica. Esta expressão se refere à desconsideração da experiência histórica como elemento constituinte das culturas e identidades. Quando ocorre a supressão da experiência histórica, o interlocutor terá o exercício da alteridade fragilizado. O artigo em questão problematiza as supressões da experiência histórica, refletindo sobre as suas consequências e sugerindo para as mesmas duas categorias: a macro, que envolveria um indivíduo e uma coletividade; e a micro, que envolveria o embate entre dois indivíduos. Distintas em suas assimetrias e em seus métodos, a macro e a micro supressões das experiências históricas foram inspirados em princípios pós-coloniais, mais precisamente na descrição dogmática do Orientalismo, feita por Edward Saïd.
Intercultural dialogues as well as those involving identities may exhibit the historical experience suppression. This term refers to the disregard of historical experience as a constituent element of cultures and identities. When the suppression of historical experience occurs, the interlocutor weakens the otherness. The article in question problematizes the historical experience suppression, reflecting on its consequences and suggesting for the same two categories: the macro suppression, that would involve an individual and a collective; And the micro suppression, which would involve two individuals. Distinct in their asymmetries and methods, the macro and micro historical experience suppression were inspired by postcolonial paradigms, more precisely Edward Said's dogmatic description of Orientalism.