O conceito de multidão teve um sucesso inquestionável no
pensamento polÃtico atual. Com ele foi possÃvel nomear o sujeito de
certos movimentos sociais crÃticos opostos ao neoliberalismo
capitalista dominante que, até então, carecia de outra designação
que não fosse a de “massaâ€. Contudo, a precisão desses autores na
caraterização desse fenômeno não impediu que fosse submetido a
um severo teste sobre o seu potencial crÃtico e emancipador,
nomeadamente a partir das fileiras da filosofia francesa. O presente
trabalho retoma os principais argumentos expostos como resposta Ã
multidão de Negri/Hardt e analisa as propostas que se oferecem
como alternativa. Quase todas partilham o objetivo de recolocar a
questão da politica a partir de um pensamento do “comumâ€, não
necessariamente ontológico, que ofereça resposta a três questões da
filosofia plenamente vigentes: quem é o sujeito polÃtico? como pode
ser representado? e em que consiste e como pode produzir-se o
acontecimento revolucionário?