Este ensaio tem o objetivo de refletir sobre a moira, destino ligado à matriz grega, em interface com as viagens e com a violência do sertão a partir do conto “Duelo”, quarta narrativa do livro Sagarana, de Guimarães Rosa. Trata-se de uma espécie de aclimatação do destino antigo à vivência do sujeito sertanejo, sobretudo no espaço de perseguição, de morte e de instabilidade nos gerais. Assim, esta reflexão em torno do conto do autor mineiro faz-se na leitura que instala a paisagem do sertão ao plano universalista da tradição grega: o destino.
This essay reflects upon the concept of moira as referred as destiny - following the Ancient Greek Mythology - while interfacing the excursions and the backcountry’s violence presented in “Duelo”, the fourth short story of the book Sagarana, by Guimarães Rosa. The article presents a sort of analogy between the ancient destiny and the experience of the inhabitants of the hinterlands, in its atmosphere of persecution, death and instability. Thus, the reflection upon the author’s tale is made from the reading of the backcountry’s landscape over a universal plan of the Greek tradition: destiny.