Resumo. Devido aos surtos do Ebolavírus, as autoridades mundiais de saúde preocupam-se em desenvolver ferramentas para disseminar informações e evitar novas epidemias. O estudo, aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, objetivou verificar o conhecimento e a habilidade dos profissionais de saúde sobre o vírus Ebola, em Unidades de Pronto Atendimento de João Pessoa, na Paraíba. Foi realizada coleta de dados através de um questionário, formulado a partir do “Protocolo de Vigilância e Manejo de Casos Suspeitos de Doença pelo Vírus Ebola (DVE)”, elaborado pelo Ministério da Saúde, aplicado a 30 enfermeiros e a 30 médicos especialistas em clínica médica. Não houve diferença significativa, na maioria das questões, sobre o percentual de acertos entre médicos e enfermeiros, entre os graduados e os pós-graduados, com mais ou com menos de 7 anos de formação. A pergunta sobre quando o paciente pode transmitir o vírus para outras pessoas foi a menos acertada, obtendo apenas 41,7% de acerto entre todos os profissionais. A questão referente à conduta em casos de suspeita de contaminação pelo vírus Ebola obteve 88,3% de certeza entre os médicos e enfermeiros entrevistados. Já a pergunta relacionada à análise epidemiológica, usada para a coleta de informações do paciente suspeito, foi a mais acertada, com percentual de 93,2% entre os grupos avaliados. Este estudo revelou que o conhecimento acerca da doença na população estudada é, ainda, insuficiente para um controle completo de uma possível nova epidemia.
Abstract. Due to Ebolavirus outbreaks, global health authorities are concerned with developing tools to disseminate information and prevent further epidemics. The study, approved by the Research Ethics Committee, aimed to verify the knowledge and skill of health professionals about the Ebola virus, in Emergency Care Units of João Pessoa, Paraíba. Data collection was performed through a questionnaire formulated from the “Surveillance Protocol and Management of Suspected Cases of Ebola Virus Disease (EVD)”, prepared by the Ministry of Health, applied to 30 nurses and 30 medical specialists in clinical practice. doctor. There was no significant difference in most questions regarding the percentage of correct answers between doctors and nurses, between graduates and postgraduates, with more or less than 7 years of training. The question about when the patient can transmit the virus to other people was the least correct, obtaining only 41.7% of correct answers among all professionals. The question regarding the conduct in cases of suspected Ebola contamination was 88.3% certain among the interviewed doctors and nurses. The question related to the epidemiological analysis, used to collect information from the suspected patient, was the most correct one, with a percentage of 93.2% among the groups evaluated. This study revealed that the knowledge about the disease in the studied population is still insufficient for a complete control of a possible new epidemic.