Este artigo tem o objetivo de analisar paisagens linguísticas da cidade de Goiânia - Goiás, dando ênfase aos recursos semióticos de fachadas comerciais desse espaço urbano. Para tanto, os estudos de Gorter (2006), Gorter e Shohamy (2009) e Blommaert (2013) sobre as noções de paisagem linguística, e a perspectiva Ecolinguística de H. H. do Couto (2011, 2017), Couto e Busnardo Filho (2017) embasam essa pesquisa. O corpus se constitui de registros fotográficos de fachadas comerciais localizadas em duas diferentes regiões da cidade de Goiânia, uma mais central e outra mais periférica. Observando as fotografias, percebemos a materialização de superdiversificados repertórios comunicativos, ou seja, uma paisagem linguística plural constituída por recursos diversos. Notamos ainda que fachadas localizadas em bairros mais centrais tendem a ser mais globais e impessoais, enquanto as situadas em bairros periféricos tendem a ser mais locais e pessoais. Longe de ser ambientes monolíngues como defendem os estudos ecolinguísticos, as fachadas refletem uma enorme diversidade linguístico-cultural que geralmente caracteriza os espaços urbanos.