O feijoeiro é atacado por importantes insetos fitófagos. Seu controle é realizado com
inseticidas, que por sua vez encarece o cultivo, contamina o homem e o ambiente. Dessa forma,
o controle biológico torna-se essencial. Assim, objetivou-se por este trabalho avaliar o potencial
dos predadores e parasitóides para o controle biológico natural de insetos praga e as interações
ecológicas entre esses inimigos naturais e os fitófagos praga e não praga no feijoeiro. Aos 10,
20, 35, 50 e 60 dias após o plantio, avaliaram-se as densidades dos insetos fitófagos e inimigos
naturais, batendo-se os ponteiros das plantas de feijão em bandeja plástica. Os predadores mais
abundantes foram Solenopsis invicta, Araneae, Orius sp., Crematogaster sp., Anthicus spp.,
Franklinothrips sp. e Nabis sp. Os parasitóides mais abundantes foram Aphidius spp.,
Chrysocharis sp., Trissolcus spp., Telenomus spp., Trichogramma spp. As formigas decresceram
com a idade das plantas. A densidade de Araneae, A. spp. e O. sp. aumentaram no final do
cultivo; interações entre Empoasca kraemeri e Thrips tabaci com Araneae, A. spp., O. sp., F. sp.,
e Caliothrips brasiliensis com O. sp. e F. sp. apresentaram relação direta de crescimento.
Conclui-se então que os insetos fitófagos não pragas perfazem-se importantes presas e
hospedeiros necessários para manutenção da biodiversidade de predadores e parasitóides.
Além disso, a grande diversidade de inimigos naturais é de extrema importância para evitar que
ocorra erupção de pragas secundárias, ressurgência, aumentarem o nÃvel de dano econômico e
potencial uso no controle biológico natural.