Para dar alguma resposta aos venezuelanos que migraram recentemente ao país, o Governo do Brasil, dentre outras ações, interiorizou os migrantes para diversas localidades brasileiras. No entanto, a grande maioria não tendo expertise para acolhida de migrantes. Sem oportunidades no Mercado, e com dificuldades de receber apoio adequado do Estado, coube às instituições da sociedade civil auxiliar na acolhida e integração desses migrantes que acabam em situação de vulnerabilidade. Este artigo tem como objetivo descrever a experiência desenvolvida pela CBNE2 para integração econômica de migrantes venezuelanos através de práticas de viés solidário. Para tal, abordamos 10 histórias de migrantes empreendendo com o apoio de um fundo rotativo solidário e os analisamos sob a ótica dos vetores empreendedor e solidário propostos por Gaiger. Uma alternativa contra-hegemônica que apesar de não solucionar todos os problemas enfrentados, pôde dar melhores oportunidades aos recém-chegados.