A baixa lucratividade tem sido responsável pela insolvência de um grande número de operadoras de planos de saúde (OPS) nos últimos anos, o que requer, cada vez mais, que essas entidades avaliem quais serviços podem ser otimizados sem comprometer suas atividades finalísticas. Uma resposta para esse problema pode estar no adequado dimensionamento das atividades-meio. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é analisar as economias de escala nas atividades-meio das operadoras de planos de saúde brasileiras. Na vigência de tais economias pode-se considerar que as operadoras possuem margem para diluírem suas despesas de cunho administrativo, sugerindo que a lucratividade pode ser ampliada sem a necessidade de grandes aumentos nos preços, o que pode garantir a sobrevivência das empresas do setor sem penalizar seus clientes. Para tanto, foram estimadas regressões de dados em painel com Efeitos Aleatórios (EA), Efeitos Fixos (EF) e pooled, considerando 5.185 observações para o período 2011-2018. Os resultados encontrados pela estimação da função de custo total foram favoráveis à hipótese de economias de escala no setor de saúde suplementar. Também foi possível verificar que o tipo de operadora e a localização geográfica da sede administrativa dessas entidades contribuem com o efeito escala em maior ou menor grau. Esses resultados evidenciam que as economias de escala existentes no setor podem contribuir de forma relevante para a manutenção operacional e financeira de diversas OPS, trazendo uma alternativa para mitigar a baixa lucratividade dessas empresas.
Low profitability has been responsible for the insolvency of a large number of health plan operators (HPO) in recent years, which increasingly requires these entities to assess which services can be optimized without compromising their final activities. An answer to this problem may lie in the adequate dimensioning of support activities. Therefore, the aim of this study is to investigate the economies of scale in the support activities of Brazilian HPO. In the presence of such economies, it can be considered that operators have room to dilute their administrative expenses, suggesting that profitability can be increased without the need for large price increases, which can guarantee the survival of companies in the sector without penalizing their customers. For this purpose, panel data regressions with Random Effects (RE), Fixed Effects (FE) and pooled were estimated, considering 5,185 observations for the period 2011 – 2018. The results found by estimating the total cost function were favorable to the hypothesis of economies of scale in the supplementary health sector. Finally, it was also possible to verify that the type of operator and the geographic location of the administrative headquarters of these entities contribute to the scale effect to a greater or lesser extent. These results show that the economies of scale existing in the sector can significantly contribute to the operational and financial maintenance of various HPO, providing an alternative to mitigate the low profitability of these companies.