Mesmo reconhecendo a fragilidade da análise financeira proposta isoladamente para se lançar um olhar sobre a
sustentabilidade, decidiu-se realizá-la porque é a racionalidade de mercado, hoje mais financeirizada do que nunca, que embebe o
macroambiente em que o manejo florestal se desenvolve e, portanto, influi decisivamente na sua base técnica e decisória. O
pensamento hegemônico tem na rentabilidade seu mais significativo indicador de sucesso. Neste trabalho, buscou-se saber se o
manejo madeireiro praticado em duas comunidades no Acre é viável financeiramente nas escalas praticadas na safra 2005/2006,
testando, posteriormente, a sensibilidade dos resultados obtidos frente a oscilações na taxa de juros e nos subsÃdios praticados. O
Valor Presente LÃquido (VPL) foi o indicador escolhido para verificar a viabilidade financeira. No cenário ocorrido nessa safra
subsidiada, todas as seis escalas testadas foram viáveis, em todas as taxas de desconto consideradas. No entanto, essa viabilidade
só se confirmará caso se avalie o fluxo de caixa da cooperativa – que, em última instância, é uma extensão do fluxo de cada extrativista –
decorrente dos subsÃdios no preço pago por ela pela madeira. No cenário hipotético, em que são retirados os subsÃdios, apenas a
maior escala praticada (9,8 m3/ha) apresentou o VPL positivo, também em todas as taxas.
Even recognizing the frailty of an isolated financial analysis for casting a glance at sustainability, it was decided that the
analysis should be done because it is the market rationality, more financialized today than ever before, that embraces the macro
environment in which to base forestry management, and thus it decisively influences its technical and decision-making foundations.
Profitability is the most significant indicator of success, according to hegemonic thought. This work aims to investigate whether
extractive forestry management as practiced in two communities of Acre state is financially feasible on the scales adopted for the
2005/2006 crop, and also to test result sensitivity against interest rate and subsidy swings. Net Present Value (NPV) was the indicator
of choice to verify financial feasibility. Within the context of this particular subsidized crop, all six scales were found feasible, at all
discount rates being considered. However, this feasibility is only confirmed upon evaluation of the cooperative’s cash flow – which
ultimately is an extension of each forest worker’s cash flow –, resulting from subsidies granted on the price paid for timber. In a
hypothetical situation, where subsidies are removed, only the larger scale operation (9.8 m3/ha) showed a positive NPV, again at all
rates being considered.