Chegamos à edição número 17 da Revista Mandrágora, comemorando o árduo empenho de entrelaçar este importante eixo das pesquisas – Gênero, Religião e Trabalho’. Enfrentamos a ilusão de que o trabalho religioso é divino e, portanto, dissociado do esforço físico. Esse enfrentamento pressupõe o rompimento doloroso de crenças e do pensamento de que a responsabilidade para com Deus ou quaisquer outras divindades, não deva ser remunerada, ou mal remunerada – em especial para as mulheres, que têm estendidas para a esfera religiosa as funções domésticas do limpar, alimentar e cuidar, como inerentes à sua condição feminina.