Este texto faz uma reflexão acerca da antiga e permanente luta contra a violência, endêmica e difícil de ser tratada. O problema da violência precisa ser abordado de maneira diferente do modo tradicional: ao invés de se combater suas consequências, precisa-se atingir suas raízes; trocar a remediação pela prevenção. A proposta deste estudo é de demonstrar que a educação pode não ser o meio mais rápido, mas é o mais eficaz para prevenir este problema, uma vez que a raiz dele está na mentalidade, e é isto que autores como Paulo Freire e Theodor Adorno procuram demonstrar. A habitual mentalidade brasileira, treinada por séculos em uma educação autoritária, vertical e impositiva na escola tradicional continua a conservar mentalidades antidialógicas, intolerantes, passivas que terceirizam sempre as responsabilidades políticas, situações essas que fertilizam e potencializam a violência. Ao se cultivar mentalidades democráticas, afeitas ao diálogo, ao debate, ao pensamento crítico, à abertura ao outro e ao diferente, ampliando sua participação nas decisões políticas, criam-se cidadãos capazes de ser emanciparem, tratando seus próprios problemas e diminuindo a dependência do poder estatal. Cria-se assim, pela educação, um ambiente preventivo contra os vários tipos de violências.
This text reflects on the old and permanent fight against violence, endemic and difficult to be treated. The problem of violence needs to be approached differently in the traditional way: instead of tackling its consequences, it is necessary to reach its roots; exchange remediation for prevention. The purpose of this study is to demonstrate that education may not be the fastest medium, but it is the most effective way to prevent this problem, since its root is in the mentality, and this is what authors such as Paulo Freire and Theodor Adorno seek to demonstrate. The traditional Brazilian mentality, trained for centuries in an authoritarian, vertical and taxing education in the traditional school, continues to conserve antidialogical, intolerant, passive mentalities that always outsource political responsibilities, situations that fertilize and potentiate violence. By cultivating democratic mentalities, with a focus on dialogue, debate, critical thinking, openness to the other and the different, broadening their participation in political decisions, citizens are created capable of being emancipated, treating their own problems and reducing dependence on state power. This creates, through education, a preventive environment against the various types of violence.
