EDUCAÇÃO CRÍTICA E IDEOLOGIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: COLOCANDO OS PINGOS NOS ‘IS’

Revista de Estudos em Educação e Diversidade

Endereço:
Estrada do Bem Querer, km 04 - Campus Universitário
Vitória da Conquista / BA
45083-900
Site: http://periodicos2.uesb.br/index.php/reed/
Telefone: (77) 3261-8663
ISSN: 2675-6889
Editor Chefe: Lúcia Gracia Ferreira Trindade, Rita de Cássia S. N. Ferraz e Roselane Duarte Ferraz
Início Publicação: 01/07/2020
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

EDUCAÇÃO CRÍTICA E IDEOLOGIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: COLOCANDO OS PINGOS NOS ‘IS’

Ano: 2021 | Volume: 2 | Número: 5
Autores: Eduardo Henriques
Autor Correspondente: Eduardo Henriques | [email protected]

Palavras-chave: Educação Crítica. Ideologia na Educação. Dominação Escolar. Teoria Dialógica do Discurso. Bordieu.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse artigo discuteo lugar do ideário ideológico nas salas de aula brasileiras. Para tanto, principiar-se-á a argumentação no posicionamento adversativo de duas frentes nocionais concernentes à questão:a primeira será a Educação Crítica,entendedorado fazer humano como ideológico, enquanto a segunda é a Ideologização da Educação, defensorada práxiseducadora comoneutra e neutralizadora. De antemão, clarifica-se essa discussão como fiduciária da Teoria Dialógica do Discurso, defensora das ações humanas como signos e desses como materialidade ideológica. Logo, assumindo essa corrente teórica, recorre-se, ainda, à Freire (2011) para abalizar o lugar da ideologia na experiência escolar, arguindo não só sua presença, mas seus efeitos, pois, o cerne da questão deve ser se a ideologia orientada às escolas promove inclusão e cidadania ou marginalização e violência. Portanto, consoante às epistemologias de Bakhtin (1990) e Volochinov (1988), sobre ideologia, e de Bourdieu (1989) e Saint Martin (2003), acerca da escola, pretende-se desvelar a falácia do Paradigma da Neutralidade e seus nefastos efeitos à formação escolar. Em contrapartida, advogar-se-á uma práxisformativo-crítica e vocacionada à construção coletiva de um estatuto societário cidadão, em oposição às vivências escolares impositivas de modelos normativos obedientes a status quoratificadorde perversas assimetrias sociais.



Resumo Inglês:

This article discusses the place of ideological ideas in Brazilian classrooms. Therefore, the argumentation will begin in the adversarial position of two notional fronts concerning the issue: the first will be Critical Education, understanding of human doing as ideological, while the second is the Ideologization of Education, defender of the educating praxis as neutral and neutralizing. Beforehand, this discussion is clarified as a fiduciary of the Dialogic Theory of Discourse, which defends human actions as signs and of these as ideological materiality. Therefore, assuming this theoretical current, we also turn to Freire (2011) to support the place of ideology in the school experience, arguing not only its presence, but its effects, since the crux of the question should be whether the oriented ideology to schools promotes inclusion and citizenship or marginalization and violence. Therefore, according to the epistemologies of Bakhtin (1990) and Volochinov (1988) on ideology, and of Bourdieu (1989) and Saint Martin (2003) on school, it is intended to unveil the fallacy of the Neutrality Paradigm and its harmful effects to school training. On the other hand, it will advocate a formative-critical praxis aimed at the collective construction of a citizen societal statute, in opposition to the imposing school experiences of normative models obedient to the status quo ratifying perverse social asymmetries.



Resumo Espanhol:

Este artículo analiza el lugar de las ideas ideológicas en las aulas brasileñas. Por tanto, la argumentación partirá de la posición contradictoria de dos frentes nocionales sobre el tema: el primero será la Educación Crítica, entendiendo el hacer humano como ideológico, mientras que el segundo será la Ideologización de la Educación, defensora de la praxis educativa como neutral y neutralizadora. De antemano, esta discusión se aclara como fiduciario de la Teoría Dialógica del Discurso, que defiende las acciones humanas como signos y de estas como materialidad ideológica. Por tanto, asumiendo esta corriente teórica, recurrimos también a Freire (2011) para sustentar el lugar de la ideología en la experiencia escolar, argumentando nosolo su presencia, sino sus efectos, ya que el núcleo de la pregunta debería ser si la ideología orientada a las escuelas promueve la inclusión y la ciudadanía o la marginación y la violencia. Por tanto, de acuerdo con las epistemologías de Bakhtin (1990)y Volochinov (1988) sobre ideología, y de Bourdieu (1989) y Saint Martin (2003) sobre la escuela, se pretende desvelar la falacia del Paradigma de Neutralidad y sus nefastos efectos sobre la educación. formación escolar. Por otro lado, abogará por una praxis formativo-crítica orientada a la construcción colectiva de un estatuto de sociedad ciudadana, en oposición a las experiencias escolares imponentes de modelos normativos obedientes al statu quo ratificando asimetrías sociales perversas.