Este artigo tem como objetivo discutir a alfabetização de jovens e adultos em perspectiva discursiva. Na introdução, tratamos de dados estatÃsticos relativos aos que não sabem ler e escrever. Em seguida, apresentamos o referencial teórico-metodológico da pesquisa centrado na concepção de linguagem de Bakhtin (2003) que possibilita aos sujeitos organizarem sua experiência de mundo na interação discursiva com outros; e no conceito de letramento (STREET, 1995; 2004; 2008), para a compreensão da escrita e da oralidade de pessoas pouco ou não escolarizadas. Para capturar indÃcios, pistas, marcas de movimento dos sujeitos na aprendizagem da linguagem escrita, trabalhamos com o paradigma indiciário (GINZBURG, 2002). Por fim, analisamos a produção escrita de um estudante e apontamos como a alfabetização deve priorizar a oralidade, a leitura e a escrita partindo de textos sociais, tendo a escola como o lugar de relevância para a aprendizagem da linguagem escrita de jovens e adultos.