Este estudo analisa a implantação e o desenvolvimento inicial do Curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde, oferecido no Programa de Integração da Educação Profissional Integrada à Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA – no âmbito da Unidade de Ensino de Eunápolis do então CEFET-BA, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, nos dois anos posteriores à sua instituição pelo Decreto Presidencial nº 5.840, de 2006. Parte-se do estudo do contexto sócio-laboral dos alunos (freqüentes e evadidos) do curso para analisar os fatores que interferem negativamente a retomada e a continuidade dos estudos pelos jovens e adultos trabalhadores. Utiliza-se do Estudo de Caso e da abordagem qualitativa para verificar a amostra intencional investigada. Sob o entendimento do trabalho como princípio educativo, analisa os fundamentos teóricos da relação educação-trabalho, bem como os princípios e objetivos legais do PROEJA. Encontra, na realidade concreta, além dos elementos inicialmente previstos hipoteticamente, outros bastante peculiares que explicam o grande índice de evasão dos alunos no curso. Questiona tópicos salientes e problemáticos verificados pelo estudo e sugere possíveis medidas saneadoras para eles, como a necessária conjunção de ações coordenadas entre as secretarias de educação municipal, estadual e o Ministério da Educação.
