As teorias de Relações Internacionais, tradicionalmente, não apontam para educação como um instrumento relevante na condução da política externa dos Estados no sistema internacional. No entanto, novas perspectivas críticas - em especial as PósPositivistas - de outros campos das Ciências Sociais, têm demonstrado que as Academias, os intelectuais e os processos educativos não só tiveram grande importância na manutenção das relações de poder entre o Norte e o Sul Global em outros períodos históricos, como também o têm na atualidade. Sendo assim, este artigo pretende demonstrar as amplas possibilidades (ainda pouco conhecidas), que os estudiosos das Relações Internacionais possuem hoje para aprofundar suas análises através da inclusão de temas relacionados à educação em suas pesquisas, reconhecendo-os como valiosas fontes de soft power no século XXI.