EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DIFERENCIADA E INTERCULTURAL ENTRE OS GUARANI MBYÁ DO RIO DE JANEIRO: O LEGITIMO E O REAL

Periferia

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ISSN: 19849540
Editor Chefe: Ivan Amaro e Dilton Ribeiro Couto Junior
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DIFERENCIADA E INTERCULTURAL ENTRE OS GUARANI MBYÁ DO RIO DE JANEIRO: O LEGITIMO E O REAL

Ano: 2015 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Katia Antunes Zephiro, Norielem de Jesus Martins
Autor Correspondente: Katia Antunes Zephiro | [email protected]

Palavras-chave: -

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo aborda o processo de construção da educação escolar diferenciada indígena no Rio de
Janeiro na atualidade. A partir de um breve histórico dessa construção apontamos as principais
demandas de educação escolar nas comunidades indígenas Guarani Mbyá no Estado, buscando
compreender quem são estes sujeitos, de onde falam, a forma com que se relacionam e pensam a
organização do tempo escolar a partir de sua própria concepção de educação. Discutiremos de que
forma a interculturalidade pode se fazer presente na construção de um currículo decolonial, que valorize
diferentes saberes em sua concepção. Neste intuito, consideramos essencial uma análise da
vulnerabilidade social dessas comunidades para que as ações educativas sejam planejadas para
fortalecimento intracultural, proporcionando assim a construção de bases para um interculturalismo
crítico. Para discutir essa temática dialogaremos com autores do campo da Modernidade, Colonialidade
e do interculturalismo crítico, de forma que possamos refletir sobre o atendimento realizado nas
comunidades guarani e as necessidades existentes. Consideramos necessário garantir que os
conhecimentos Guarani Mbya sejam os condutores do processo educativo e que sejam reconhecidos
como saberes/conhecimentos válidos. Compreendemos que fortalecendo as relações intraculturais, ou
seja, valorizando e estimulando a temporalidade guarani, pesquisas e vivências entre as comunidades,
podemos minimizar os impactos da vulnerabilidade social empoderando esses sujeitos para um diálogo
intercultural igualitário, na perspectiva de uma educação libertadora. Por fim faremos uma análise de
como ao longo do tempo percebemos avanços e recuos na construção de um projeto público de
educação escolar indígena diferenciada, específica, intercultural e bilíngue no Rio de Janeiro, refletindo
sobre novas perspectivas para que possamos de fato atender aos anseios e demandas das comunidades
Guarani Mbya.