Educação escolar indígena e política linguística

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ISSN: 1517-7874
Editor Chefe: Sulemi Fabiano Campos
Início Publicação: 31/05/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

Educação escolar indígena e política linguística

Ano: 2015 | Volume: 17 | Número: 1
Autores: Aldir Santos de Paula
Autor Correspondente: A. S. Paula | [email protected]

Palavras-chave: Línguas indígenas no Brasil; Educação Escolar Indígenas; Políticas linguísticas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As línguas indígenas faladas em território brasileiro atravessam diferentes situações sociolinguísticas, que vão de um monolinguismo em língua indígena a um bilinguismo gradual em que a língua indígena vai se deslocando pela presença da língua portuguesa. A este quadro somam-se os povos indígenas que só falam o Português. A diminuição do número de povos e línguas indígenas, quadro conhecido como glotocídio, teve início com a colonização e, de certa forma, perdura até hoje, pelos mais variados motivos. O processo de contato resultou, portanto, em uma
gradativa perda das manifestações culturais características e, em alguns casos, até da língua indígena, o que ocasionou uma situação desastrosa de deslocamento linguístico, que, de certa forma, perdura como uma memória de sofrimento e a busca de superação de tal processo, especialmente, mas não exclusivamente, no nordeste brasileiro. Neste trabalho objetivamos discutir o papel das políticas linguísticas para a manutenção ou reavivamento linguísticos das línguas indígenas no Brasil frente às crescentes demandas de ensino escolar e as eventuais
migrações populacionais para as cidades do entorno das aldeias ou não e a consequente necessidade de políticas como um instrumento em favor da manutenção ou reavivamento da cultura e da língua indígena, que, se bem planejadas, podem aumentar as expectativas positivas em relação ao ensino de línguas e aos movimentos de cultura dessas sociedades, ao tempo em que acessam os conhecimentos produzidos pelos demais povos.