O artigo tem o objetivo de realizar uma abordagem histórico-sociológica sobre o papel polÃtico e ideológico que a educação fÃsica é chamada a desempenhar particularmente após o advento da modernidade capitalista. Trata-se de um estudo teórico que focaliza a deterioração das condições de vida nas cidades modernas, bem como o propósito capitalista de dispor de trabalhadores fisicamente aptos à exploração. Conclui que, embora a insalubridade tenha sido gerada pelo predomÃnio dos interesses burgueses, as classes sociais excluÃdas passam a ser culpadas pela falta de higiene operando-se a magia de transformar o problema econômico da pobreza em questão de higiene. Neste momento a educação fÃsica passa a ser instrumentalizada pelo capital. O valor e importância do texto está no tratamento histórico e sociológico que facilita a localização da educação fÃsica no contexto em que se reafirma como ciência.