Os espaços educacionais são repletos de oportunidades de aprendizagem que vão muito além da transmissão de saberes cientificamente produzidos. Especialmente na educação infantil, onde as relações interpessoais, a troca de experiências e da convivência são traços marcantes dos processos pedagógicos. Nesse sentido, esta pesquisa propõe repensar as relações humanas no ambiente escolar através de um planejamento que valorize a diversidade, a interação entre os pares e a individualidade através de um planejamento que permita a autonomia, a integração e a transformação dos espaços da escola, reconhecendo não só as salas de aula como espaços propícios para desenvolver os trabalhos, mas também aprender a desfrutar da escola e do entorno, possibilitando aos alunos novas experiências. Via de regra, a escola é organizada considerando-se o tempo previsto para o cumprimento de sua função, definindo objetivos e conteúdos a serem trabalhados em diferentes propostas didático-pedagógicas. Porém, especialmente na educação infantil, é necessário reconhecer que cada indivíduo tem seu próprio tempo de aprendizado, obrigando um planejamento voltado à individualidade do aluno e a valorizado das diferentes formas de vivenciar a aquisição de novos saberes. O espaço escolar deve transformar-se em um espaço de descobertas, onde a criança possa se apropriar das diferentes oportunidades para a percepção de suas capacidades, habilidades e, principalmente, das trocas sociais como construção e fortalecimento de sua identidade. Muito além da brincadeira, temos um importante momento em que se fortalecem os laços interpessoais e a criança percebe sua capacidade de aprendizagem, apropriando-se gradativamente de experiências que transformam seu desenvolvimento e conhecimento de si e do outro.
