O presente artigo se dedica a formular uma compreensão da atual conjuntura da educação jurÃdica na realidade brasileira e sua reconfiguração na formação de uma respectiva força de trabalho e conformação da hegemonia, relacionando tal análise ao modelo de educação superior no Brasil e os imperativos do capital e do mercado do ensino do Direito. Situada a conjuntura, apresenta-se uma caracterização da crÃtica do ensino do Direito, e os fatores que trazem consigo bloqueios a possÃveis intervenções concretas nestes âmbitos que sejam vinculadas organicamente à classe trabalhadora e movimentos sociais no Brasil; fatores aqueles que vêm no esteio da ideologia do fim da história, do giro pós-moderno das ciências sociais e do descenso da luta de classes. Coloca-se fundamentalmente a necessidade de retomar a contundência da crÃtica acompanhada da superação da mera negação estéril da educação jurÃdica, afirmando-se a possibilidade de e alguns elementos para uma ação docente orgânica contra-ideológica.