Amudanças ocorridas na educação fazem com que professores oriundos de uma educação tradicional, em que o foco das aulas estava na memorização de fórmulas, encontrem-se diante de uma outra realidade. Interdisciplinaridade, contextualização, competências, significação, inclusão, são algumas das nomenclaturas apresentadas e discutidas no ambiente escolar. Em meio a essas discussões estão o educando e o educador, este último com a missão de efetivar o processo de ensino-aprendizagem respeitando as características do primeiro. As transformações no âmbito específico da educação de surdos inserem-se nesse contexto. Como professora de matemática, qual deve ser minha postura diante dos educandos surdos? Em que e como contribuir para uma educação matemática eficiente desses estudantes? Buscando-se responder a essas perguntas apresenta-se parte da pesquisa realizada em classes especiais de surdos com o origami como material concreto para a construção de conceitos geométricos. Neste artigo, descreve-se a atividade que tem como objetivo fazer a distinção entre forma plana e forma espacial utilizando esse material, cujo objetivo consiste em favorecer o desenvolvimento de vocabulário geométrico em Língua de Sinais, isto é, fazer com que os estudantes surdos, ao confeccionarem as peças, compreendam os conceitos de figura plana e espacial e criem sinais ou mesmo descrevam essas formas por meio de classificadores1.