A preservação de um núcleo cultural quilombola é marcada pelo enfrentamento ao racismo estruturante e epistêmico com viés sexista. Nesse cenário, este artigo objetiva identificar as reações e as relações do quilombismo à resistência da comunidade quilombola, pela luta e fortalecimento da existência dos descendentes negro-africanos. O arcabouço teórico tomou por base as reflexões de Nascimento (2002) sobre o quilombismo; de Sodré (2005) sobre cultura; de Hall (2013) sobre identidade; de Gonzalez (1984) sobre racismo e sexismo na cultura brasileira, entre outros. Enquanto aspecto metodológico, utilizou-se da pesquisa bibliográfica com aspectos da revisão sistemática da literatura com pesquisa nos acervos digitais da SciELO, CAPES e do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental - PPGEcoH da UNEB. Como conclusão da pesquisa, fica evidente que são as ações de enfrentamento junto a formação integral e cooperativa que fazem do núcleo cultura quilombola um espaço de organização e preservação cultural. Esse processo de educação comunitária descoloniza forças conservadoras ocidentais para abrir espaço para a cultura local das comunidades quilombolas.