Escrito em meio às investigações do grupo de pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq/Univates), este texto investiga as práticas educativas realizadas no Programa de Visitas do Museu de Arte do Rio (MAR/RJ) e desenvolvidas pelos educadores da Escola do Olhar. Este artigo afirma que os processos de tradução são efetivados pelos educadores à medida que os articulam com saberes relativos à exposição de arte e, sobretudo, refutam a concepção de educação como mediação e transmissão do conteúdo original. Tomando como aporte teórico a teoria da tradução literária no Brasil através do poeta e tradutor Haroldo de Campos e as interlocuções com a educação nas teorizações de Sandra Mara Corazza, o texto entende a tradução como um processo transformação e de reinvenção do conteúdo original. As práticas educativas dos educadores do MAR se constituem como uma renúncia à mera repetição de um discurso curatorial ou da fala do artista, em prol de uma reinvenção textual.