O artigo é fruto da ambiência construída no Mestrado Profissional, que tem permitido o diálogo entre universidade e educação básica, proporcionando a construção de ações interventivas e a construção de leituras sobre o tratamento de questões raciais na escola, que consideram as subjetividades de professoras negras, ao tempo em que as convoca como aliadas na luta contra o racismo na escola. Nesse sentido, a partir da formulação de escrevivências de professoras da educação básica, sobre os atravessamentos das questões étnico-raciais na escola, o texto aponta o relato biográfico como possibilidade de valorização da atuação profissional de professoras. Ao mesmo tempo em que forjam suas memórias como aluna/professora brincante e como professora/aluna de história, as professoras enfrentam experiências dolorosas e saudosas da vida, enquanto questionam suas práticas docentes no ambiente da escola. O exercício realizado ao longo do artigo é o de relatar-se, a partir de dores e estratégias para lidar com elas, o que foi significado como racismo no espaço escolar, em um olhar corajoso frente as permanências que insistem em frequentar os bancos da escola.
The article is the result of the ambience built in the Professional Master's Program, that has allowed the dialogue between university and basic education, providing the construction of interventional actions and the construction of readings on the treatment of racial issues at school, which consider the subjectivities of black teachers, while time when he summons them as allies in the fight against racism at school. In this sense, based on the formulation of basic education teachers' writing-living experiences, on the crossings of ethnic-racial issues at school, the text points out the biographical report as a possibility of valuing the professional performance of teachers. While forging their memories as a playful student / teacher and as a history teacher / student, teachers face painful and homesick experiences in school life, while questioning their teaching practices in the school environment. The exercise carried out throughout the article is to report, based on pains and strategies to deal with them, what was meant as racism in the school space, in a courageous look at the permanencies that insist on attending school benches.
