Diante da piora das crises ambientais, sociais e econômicas que marcam o século XXI, a necessidade de uma mudança no paradigma dos modelos educacionais fica cada vez mais clara. A educação para a sustentabilidade aparece nesse momento como um método educativo importante para trazer mudanças grandes na maneira como a sociedade trata o meio ambiente, a economia e a justiça social. Este texto tem o objetivo de olhar para a educação para sustentabilidade como um processo de ensino, ético e político que ajuda na formação de cidadãos críticos, conscientes de sua responsabilidade socioambiental e capazes de atuar de um modo que transforma seus locais e o mundo. A discussão parte de uma revisão bibliográfica interdisciplinar que abrange os fundamentos teóricos da sustentabilidade, os marcos normativos da educação ambiental e os princípios da pedagogia crítica. Em seguida, são analisados estudos de caso e experiências práticas implementadas em contextos escolares e comunitários, evidenciando estratégias pedagógicas inovadoras que articulam saberes científicos, culturais e tradicionais. Tais estratégias incluem metodologias ativas de ensino, projetos interdisciplinares, atividades extracurriculares com foco em ecologia e cidadania, além de ações colaborativas entre escolas, famílias e comunidades. Os resultados indicam que a integração da sustentabilidade no currículo escolar, de modo cruzado e importante, ajuda o desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas e sociais viradas para a compreensão sistêmica dos problemas ambientais e à criação de soluções coletivas. Além disso, observa-se que a educação para a sustentabilidade tem chance para fortalecer o papel de aluno, estimular a participação democrática e incentivar uma cultura de paz, equidade e respeito à diversidade. No entanto, também encontramos dificuldades, como a necessidade da formação continuada para professores; a resistência às mudanças institucionais; falta de políticas públicas morais fortes. Conclui-se que, a educação para sustentabilidade não deveria ser entendida só como um assunto para colocar no currículo; mas sim, uma forma transversal, dinâmica e contextualizada. Apta a reorientar práticas pedagógicas, valores e atitudes em direção a modelo de desenvolvimento sustentável mais justo, resiliente e sustentável. Neste sentido, as mesmas, configuram-se como vias estratégicas para a construção de uma cidadania planetária, que reconhece as interdependências entre os seres humanos e o ambiente e atua de forma ética e solidária para o bem comum.