Este texto relata a experiência vivenciada no projeto de extensão “Educação para a transformação: meio ambiente, saúde e gênero”, vinculado à Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), cujo propósito foi promover a educação continuada nessas temáticas e a troca dos saberes agroecológicos com as mulheres agricultoras de Itajaí, Santa Catarina. O percurso metodológico adotado abarcou as oficinas inspiradas no Círculo de Cultura de Paulo Freire, vivenciando os saberes agroecológicos e as oficinas para a formação, que totalizaram 80 horas/aula com os integrantes do projeto de extensão e 40 horas/aula de inserção com o público-alvo: as mulheres agricultoras. Os temas geradores que emergiram no processo de formação continuada foram: a vivência do Círculo de Cultura, os conhecimentos agroecológicos, os malefícios do uso dos agrotóxicos, a autonomia das mulheres agricultoras no aprendizado da produção de alimentos orgânicos, e o cuidado com a saúde familiar e ambiental. Por fim, o Círculo de Cultura atua como uma ferramenta que contribui para a educação continuada de integrantes do grupo de extensão e das mulheres agricultoras, promovendo gradativamente a transformação para o processo de transição agroecológica.
The objective of this article is to report on the process of continuing education of participants in the extension project named “Transforming Education: environment issues, health and gender” at Vale do Itajaí University, with a view to promoting continuing education regarding those themes and the exchange of agroecological knowledge with the female farmers of Itajaí, Santa Catarina, Brazil. The methodological approach was based on Paulo Freire’s Culture Circles by experiencing the agroecological knowledge and workshops, which consisted of 80 hours/class for the extension project members and 40 hours/ class for female farmers. The generative themes that emerged in the process of continuing education were: Culture Circles experiences, agroecological knowledge, the harmful effects of the use of pesticides, empowerment and autonomy of female farmers to produce organic foods and to handle family’s health and environmental issues. Lastly, the Culture Circles are seen as a tool which contributes to the continuing education of extension group members and of female farmers by helping the agroecological transition process.
