A educação, por muito tempo, persistiu em recorrer a um método de ensino que se fundamentava basicamente na transmissão de conhecimentos, no qual o docente representava a figura de poder e de conhecimento e o estudante era unicamente um receptor; portanto, a relação estabelecida nessa metodologia era unilateral. Na nossa interpretação, Merleau-Ponty entende isso como uma estrutura invisível que pode se manifestar graças à constituição do logos estético que possibilita perceber e expressar o mundo, de forma direta e original, sem intervalos e sem abismos; portanto, a experiência perceptiva e a vida são envolvidas por essa racionalidade originária. É precisamente nesta compreensão que queremos pensar uma educação orientada na racionalidade que se constitui no logos estético. A partir dessa concepção, surge outra ideia de educação que ilustra o processo da investigação filosófica, partindo de uma questão originária. No entanto, as reflexões acerca do assunto demonstram que, conforme o processo educacional começa a ser reconhecido como uma verdadeira experiência filosófica, o campo do exercício da educação passa a ser ampliado, ou seja, o fazer pedagógico ultrapassa a simples reprodução dos conhecimentos produzidos e perpetuados pela história da filosofia.