Este artigo apresenta uma reflexão acerca da educação popular presente no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e no Movimento da Mulher Trabalhadora Rural – Nordeste (MMTR-NE) enquanto uma Pedagogia Decolonial. A questão orientadora de nossa pesquisa é: como a educação popular pode contribuir no MST e no MMTR-NE para o desenvolvimento de uma Pedagogia Decolonial? O estudo, de caráter ainda exploratório, adota uma metodologia de abordagem qualitativa e de cunho bibliográfico. Concluímos que o processo educativo existente no MST e no MMTR-NE deságua na desconstrução do projeto tradicional do uso e propriedade da terra no Brasil e dialoga com a construção de um pensar e fazer vinculados a uma Pedagogia Decolonial, tendo como perspectiva a construção de um projeto alinhado a uma sociabilidade alternativa para o campo agrário brasileiro e ao fortalecimento da identidade camponesa.
This article presents a reflection on popular education present in the Movement of Landless Rural Workers (MST) and in the Movement of Rural Women Workers - Northeast (MMTR-NE) as a Decolonial Pedagogy. The guiding question of our research is: how can popular education contribute to the MST and MMTR-NE to the development of a Decolonial Pedagogy? The study, of an exploratory nature, adopts a methodology of qualitative approach and bibliographic review. We conclude that the educational process existing in the MST and MMTR-NE flows into the deconstruction of the traditional project of land use and property in Brazil and dialogues with the construction of a thinking and doing linked to a Decolonial Pedagogy, with the perspective of building a project aligned with an alternative sociability for the Brazilian agrarian field and the strengthening of peasant identity.