A presente investigação teórica propõe uma análise crítica sobre a adoção indiscriminada da chamada "educação positiva", cujos princípios originais vêm sendo deturpados por discursos superficiais que promovem uma educação permissiva, desprovida de limites, exigências e responsabilidades. Em meio a um contexto social marcado pela desorientação das famílias, pela fragilização das instituições escolares e pela romantização equivocada da infância, emerge um novo perfil geracional: emocionalmente frágil, narcisista, dependente e avesso à frustração. O artigo sustenta que a distorção da proposta de educação positiva — ao ignorar o papel formador da autoridade e o valor pedagógico dos limites — está contribuindo para o empobrecimento da formação humana, comprometendo a constituição de sujeitos autônomos, críticos e socialmente responsáveis. Com base em autores da psicologia, sociologia da educação e filosofia política, o texto apresenta argumentos e propõe caminhos para o resgate de uma autoridade educativa legítima e necessária à construção de uma sociedade democrática e ética.