O objetivo deste texto é mostrar dois momentos que perpasssam a educação profissional. Primeiro, através do planejamento estratégico, o Estado adequa à s suas necessidades econômicas e produtivas, a educação através das legislações educacionais e prepara o aluno para o trabalho, tendo como respaldo as empresas e os organismos diretamente ligados ao capital, cuja finalidade são os aspectos operacionais de treinamento, para o exercÃcio da mão-de-obra qualificada. Segundo, através das teses neoliberais, a proposta central é a do mercado de livre comércio e a diminuição do intervencionismo estatal na economia. A função da escola passa a ser mais ampla; sua abrangência é redefinida em relação à s suas funções tradicionais ideológicas e socializadoras; passa a ter como finalidade principal a formação técnica e comportamental de um novo tipo humano capaz de decifrar os novos códigos culturais de uma civilização técnico-cientÃfica. A educação profissional é incorporada à lógica do mercado, sendo uma das suas marcas a construção de um novo consenso, no qual o espaço público deixou de ser percebido como lugar de conquista e direito da sociedade e passou a ser lido como um entrave ao livre desenvolvimento das aptidões individuais que se expressam na iniciativa privada.