Nesta investigação buscamos refletir sobre as relações acerca da educação e da saúde do sujeito com
cardiopatia reumática atendido pelo Instituto Nacional de Cardiologia. O objetivo geral foi identificar as
problemáticas ocasionadas pelo processo de adoecimento, mais especificamente, sobre o acesso à
educação e a trajetória escolar desses sujeitos frente a esse evento. Dentre os referenciais teóricos,
destacamos Muller (2011), que nos esclarece quem é a pessoa com febre reumática, Lima (2015), que
disserta sobre a história de luta pela inclusão, principalmente de sujeitos com deficiência e doenças
crônicas; e Glat e Blanco (2007) que ressaltam que a própria deficiência era vista como uma doença
crônica, daí talvez a dificuldade do atendimento educacional em outros espaços além da escola. A
metodologia está fundamentada nos pressupostos qualitativos de cunho exploratório e descritivo,
compostas pelas narrativas de histórias de vida desses pacientes. A investigação aponta que os
entrevistados possuem um histórico de reprovações e mencionam terem se afastado da escola por
conta do longo e doloroso tratamento. Esperamos ao final dessa investigação contribuir para a reflexão
sobre a situação de inclusão social, a partir de uma perspectiva de exclusão relatada pelos mesmos,
frente aos direitos que deveriam ser assegurados independente do adoecimento e período de
tratamento/internação. Buscamos aqui evidenciar a necessidade de garantirmos a crianças e
adolescentes que passam por essa problemática, condições necessárias; para a continuidade de seus
estudos.