O presente trabalho objetiva apresentar uma reflexão sobre as possibilidades de resistência no campo educacional, tendo em vista o atual contexto das sociedades de controle. A passagem das sociedades disciplinares, onde o exercÃcio do poder ocorria de modo mais centralizável e explÃcito, para as sociedades de controle, nas quais as formas de dominação tendem a se apresentar de um modo mais sutil e virtual, nos leva a perguntar em que medida uma série de discursos e polÃticas educacionais contemporâneas que se apresentam como sendo progressistas e/ou de resistência não consistem em capturas dessa nova organização do poder que nos confere uma maior ilusão de autonomia e liberdade. Uma vez subsidiado pelo referencial pós-estruturalista, apresentaremos, então, as dificuldades que os dispositivos educacionais encontram para lidar com o novo, com o inédito, com o acontecimento e com a diferença, precisamente por sua tendência à instituição, territorialização e normalização.