Nesta pesquisa, objetivou-se avaliar o efeito da árvore marginal nos
estimadores populacionais obtidos pelos métodos de amostragem de Bitterlich (1948),
Prodan (1968) e Strand (1958). A base de dados foi um censo realizado em fragmento
de Floresta Ombrófila Mista Montana situado no Campus III da UFPR, Curitiba - PR.
Todas as árvores com DAP ≥ 10 cm foram medidas, identificadas, georreferenciadas, e
consideradas como possÃveis centros das unidades amostrais dos métodos. De todas as
árvores, 185 foram sorteadas, aleatoriamente, como inÃcio dos pontos amostrais para a
estimativa de N.ha-1, G.ha-1 e V.ha-1 para os três tratamentos distintos: sem a influência
da árvore marginal, contagem de meia árvore e contagem da árvore marginal corrigida
pelo Fator P de Péllico Netto (1994). Independente do método e do tratamento utilizado
ocorreu superestimativa do N.ha-1. Para a estimativa da área basal, bem como do volume
por hectare, o método de Bitterlich apresentou os melhores resultados, seguido de
Strand e Prodan, respectivamente. A aplicação do fator P nas árvores marginais não
melhorou expressivamente os estimadores populacionais a ponto de se diferenciar
satisfatoriamente da estimativa gerada com as árvores marginais, contadas como meia
árvore ou sem a sua influência.
The objective of this research was to evaluate the effect of the borderline
tree in the population parameters estimated by Bitterlich (1948), Prodan (1968) and
Strand (1958) sampling methods. The database came from a census carried out in a
fragment of Mixed Ombrophylous Montana Forest located in the Campus III, of Federal
University of Parana, Curitiba-PR, Brazil. All trees with DBH ≥ 10 cm were measured,
identified, georeferenced, and considered as possible plot center of the sampling units in
each method. The sampling simulation was conducted with 185 randomly selected points
for the estimation of N.ha-1, G.ha-1 and V.ha-1 to three different treatments: without the
influence of borderline tree, count half borderline tree and count of partial borderline
tree corrected by the P factor introduced by Péllico Netto (1994). Regardless of the
method and the treatment used there was always an overestimation of N.ha-1. To estimate
the basal area and volume per hectare, the Bitterlich method achieved the best results,
followed by Strand and Prodan, respectively. Application of P factor in borderline trees
did not cause a significant improvement in the population estimators compared with the
estimates generated by borderline trees counted as half a tree or without its influence.