Efeito da adenotonsilectomia sobre a qualidade de vida de crianças com hiperplasia adenotonsilar

Arquivos Internacionais De Otorrinolaringologia

Endereço:
Rua Teodoro Sampaio, 483 Pinheiros
São Paulo / SP
Site: http://www.arquivosdeorl.org.br
Telefone: (11) 3068-9855
ISSN: 18094872
Editor Chefe: Prof. Dr. Geraldo Pereira Jotz
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Efeito da adenotonsilectomia sobre a qualidade de vida de crianças com hiperplasia adenotonsilar

Ano: 2009 | Volume: 13 | Número: 3
Autores: Luiz Euribel Prestes Carneiro, Gabriel Cardoso Ramalho Neto, Marcela Gonçalves Camera
Autor Correspondente: Luiz Euribel Prestes Carneiro | [email protected]

Palavras-chave: adenotonsilectomia, rinite, qualidade de vida

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: A hiperplasia adenotonsilar é a causa mais comum de obstrução respiratória em crianças originando
um grupo variado de anormalidades como ronco e síndrome da apneia obstrutiva do sono, com
elevada reincidência de infecções das vias aéreas superiores e uso frequente de antibióticos. Em certos
casos, a adenotonsilectomia é o melhor tratamento.
Objetivo: Analisar o efeito da adenotonsilectomia na qualidade de vida de crianças com hiperplasia adenotonsilar.
Método: Cinquenta e um pais ou responsáveis de crianças submetidas a adenotonsilectomia foram entrevistados
12 a 18 meses após a cirurgia através do questionário sobre qualidade de vida desenvolvido
por De Serres et al., que inclui os domínios: sofrimento físico, distúrbios do sono, problemas de fala
e deglutição, desconforto emocional, limitação das atividades e preocupação do responsável. Foram
incluídos os domínios: prevalência de rinite, episódios de infecções de vias aéreas superiores e uso
de antibioticoterapia antes e após o procedimento cirúrgico.
Resultados e Conclusão:Correlacionando-se os domínios entre si, observamos que a adenotonsilectomia melhorou a qualidade
de vida das crianças, a longo prazo, em especial entre distúrbios do sono, como diminuição
do ronco (4,16±1,47 vs 0,43±0,96; *p< 0,001), significativa queda do número de tonsilites (4,43±1,14
vs 0,61±0,94 *p< 0,001) e menor uso de antibióticos (4,43±1,14 vs 0,59±0,90; p< 0,001), quando comparado
antes e após a cirurgia. No entanto, a melhora foi menos significativa em crianças com sintomas
de rinite (8,82±1,81 vs 9,71±0,68 *p= 0,007), comparado as crianças sem rinite e em meninos que
meninas (9,13±1,48 vs 9,85±0,49; *p= 0,02).



Resumo Inglês:

Introduction: The adenotonsillar hyperplasia is the most common cause of breathing obstruction in children and
leads to a variable group of abnormalities such as snoring and sleep obstructive apnea syndrome, with
a high recurrence of infection in the upper airways and frequent use of antibiotics. In certain cases,
the adenotonsillectomy is the best treatment.
Objective: To analyze the effects of adenotonsillectomy onto the life quality of children with adenotonsillar
hyperplasia.
Method: Fifty-one parents of children submitted to adenotonsillectomy were interviewed 12 to 18 months after
the surgery, by means of the questionnaire about life quality, developed by De Serres et al., which
includes the following domains: physical suffering, sleep disorders, problems of lack of deglutition,
emotional discomfort, limitation of activities and parents concerns. The following domains were included:
prevalence of rhinitis, episodes of infections of the upper airways and use of antibiotic therapy before
and after surgical procedure.
Results and Conclusion: By relating the domains, we observed that the adenotonsillectomy improved the children’s life quality on
a long term basis, 1.47 vs.±specially sleep disorders such as diminishing of snore (4.16 0.96; *p±0.43< 0.001),
significant fall on the number of tonsillitis (4.43±1.14 vs. 0.61±0.94 *p< 0,001) and lower use of antibiotics
(4.43±1.14 vs. 0.59±0.90; p< 0.001), when compared before and after the surgery. However, the improvement
was less significant in children with symptoms of rhinitis ((8.82±1.81 vs. 9.71±0.68 *p= 0.007), compared
to children without rhinitis and between boys and girls (9.13±1.48 vs. 9.85±0.49; *p= 0.02).