Contextualização: A adição da estimulação elétrica funcional (EEF) ao treino de marcha em esteira, com sistema de suporte parcial
de peso corporal (SPPC), tem sido proposta como estratégia para melhorar a marcha em hemiparéticos. Entretanto, nenhum estudo
verificou a eficácia da adição da EEF ao treino de marcha com SPPC em piso fixo, a superfÃcie mais habitual de locomoção. Objetivo:
Investigar os efeitos da adição da EEF do nervo fibular comum, ao treino de marcha com SSPC, em piso fixo, sobre os parâmetros
espaço-temporais da marcha, ângulos segmentares e função motora. Métodos: Participaram do estudo 12 hemiparéticos crônicos.
O sistema adotado foi o A1-B-A2. A1 e A2 corresponderam ao treino em piso fixo com SPPC, e B, ao mesmo treino, associado Ã
EEF. As avaliações foram realizadas por meio da Escala de Ashworth Modificada (EAM), da Categoria de Deambulação Funcional
(CDF), da Avaliação Motora de Rivermead (AMR) e de filmagens. As variáveis cinemáticas analisadas foram: velocidade média de
locomoção; comprimento do passo; comprimento, velocidade e duração da passada; duração dos perÃodos de apoio duplo inicial e
final, apoio simples e balanço; ângulos máximos e mÃnimos e amplitude de movimento (ADM) dos segmentos pé, perna, coxa e tronco.
Resultados: Na AMR, não houve alterações entre as fases. Para as variáveis espaço-temporais e ângulos segmentares, não houve
nenhuma alteração após a adição da EEF. Conclusão: A adição da EEF ao treino de marcha em piso fixo com SPPC não promoveu
melhora adicional nos parâmetros mensurados.
Artigo registrado no ClinicalTrials.gov sob o número NCT 01106755.
Background: The addition of functional electrical stimulation (FES) to treadmill gait training with partial body weight support (BWS)
has been proposed as a strategy to facilitate gait training in people with hemiparesis. However, there is a lack of studies that evaluate
the effectiveness of FES addition on ground level gait training with BWS, which is the most common locomotion surface. Objective: To
investigate the additional effects of commum peroneal nerve FES combined with gait training and BWS on ground level, on spatialtemporal
gait parameters, segmental angles, and motor function. Methods: Twelve people with chronic hemiparesis participated in
the study. An A1-B-A2 design was applied. A1 and A2 corresponded to ground level gait training using BWS, and B corresponded to
the same training with the addition of FES. The assessments were performed using the Modified Ashworth Scale (MAS), Functional
Ambulation Category (FAC), Rivermead Motor Assessment (RMA), and filming. The kinematics analyzed variables were mean walking
speed of locomotion; step length; stride length, speed and duration; initial and final double support duration; single-limb support
duration; swing period; range of motion (ROM), maximum and minimum angles of foot, leg, thigh, and trunk segments. Results: There
were not changes between phases for the functional assessment of RMA, for the spatial-temporal gait variables and segmental angles,
no changes were observed after the addition of FES. Conclusion: The use of FES on ground level gait training with BWS did not provide
additional benefits for all assessed parameters.