A ansiedade, quando deixa de ser administrável e se torna patológica, afeta a qualidade de vida e o bem-estar do indivíduo. Com o aparecimento da COVID-19, o índice de ansiedade aumentou e, em conjunto com alguns fatores, estes podem influenciar no comportamento alimentar. Os objetivos deste estudo foram verificar a associação entre a ansiedade e o comportamento alimentar durante a pandemia da COVID-19 e avaliar as principais mudanças alimentares neste período, por meio de um questionário que envolve características socioeconômicas, presença de ansiedade e padrões alimentares. Tratou-se de uma pesquisa transversal, quantitativa, descritiva, explicativa e observacional, através de um questionário on-line (Google® Forms). Participaram da pesquisa 55 indivíduos, com idade entre 18 e 30 anos. A maioria dos entrevistados referiu sentir algum grau de ansiedade durante a pandemia, o que pode estar associado com a mudança de hábitos alimentares e alteração de peso. Foi verificado aumento da quantidade ou frequência do consumo de alimentos ultraprocessados durante a pandemia. Cerca de 69,1% dos entrevistados acreditam plenamente que a qualidade da alimentação tem a capacidade de auxiliar na melhora do quadro de ansiedade causada neste período. Portanto, considerando a importância clínica, epidemiológica e qualidade de vida da população junto ao fato do COVID-19 ainda ser um tema em pauta muito recente, torna-se necessário o estudo mais aprofundado sobre a relação da ansiedade com o comportamento alimentar durante o período de pandemia da COVID-19, visando buscar novos caminhos para a melhora do quadro clínico e estimular a produção de novos estudos clínicos sobre o tema.
Anxiety, when it ceases to be manageable and becomes pathological, affects an individual's quality of life and well-being. With the emergence of COVID-19, the anxiety rate has increased and, together with some factors, these can influence eating behavior. The objectives of this study were to verify the association between anxiety and eating behavior during the COVID-19 pandemic and to evaluate the main dietary changes during this period, through a questionnaire involving socioeconomic characteristics, presence of anxiety and eating patterns. This was a cross-sectional, quantitative, descriptive, explanatory and observational study, through an online questionnaire (Google® Forms). Fifty-five individuals, aged between 18 and 30 years, participated in the study. Most of the interviewees reported feeling some degree of anxiety during the pandemic, which may be associated with changes in eating habits and weight changes. An increase in the quantity or frequency of consumption of ultra-processed foods was observed during the pandemic. Approximately 69.1% of respondents fully believe that the quality of food can help improve anxiety during this period. Therefore, considering the clinical, epidemiological and quality of life importance of the population, together with the fact that COVID-19 is still a very recent topic, it is necessary to conduct a more in-depth study on the relationship between anxiety and eating behavior during the COVID-19 pandemic, aiming to find new ways to improve the clinical condition and stimulate the production of new clinical studies on the subject.
