Em textos de lingüistas de filiações teóricas distintas e vinculados a espaços científicos diversos, dentro e fora do Brasil, podemos vislumbrar uma definição bastante freqüente sobre a lingüística, que se apresenta, ao menos à primeira vista, como inquestionável: A Lingüística é a ciência da linguagem. Podemos dizer que tal definição se sustenta sob o efeito de evidência da unidade de uma ciência – nos termos de Dominique Lecourt (1980): “a noção ideológica unitária de “a ciência”” (p. 13).