Introdução: O envelhecimento no Brasil avança a passos largos com aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), sendo estas as principais causas de óbito no mundo. As neoplasias são a segunda DCNT mais prevalente e demandam muitos recursos em saúde. A quimioterapia paliativa é um dos tratamentos de escolha para controle de sintomas da neoplasia, pode promover desde fadiga à neuropatia periférica. Por este motivo, os exercícios físicos têm sido recomendados em pacientes com esse tipo de tratamento. Objetivo: Verificar os efeitos dos exercícios físicos em pacientes submetidos a quimioterapia paliativa. Método: Revisão sistemática, seguindo as orientações PRISMA. Pesquisa realizada nas bases de dados eletrônicas LILACS, MEDLINE, PEDro, Clinical Trial e SciELO, consultado pelos descritores: terapia medicamentosa (drug therapy), índice de gravidade da doença (severity of illness index), reabilitação (rehabilitation), exercício físico (physical exercise) e cuidados paliativos (palliative care). Incluídos artigos em português e inglês, sem delimitação de data, ensaios clínicos. A avaliação da qualidade metodológica seguiu a escala de risco de viés da Cochrane. Resultados: Selecionados 10 artigos, sendo cinco com baixo risco de viés; três com viés incerto; e dois com alto risco. Todos os estudos observaram melhora significativa no grupo intervenção quando comparado ao grupo controle nos seguintes desfechos: qualidade vida, controle de sintomas e autonomia. Quanto ao tipo de exercício, apenas cinco compararam diferentes modalidades de exercícios (aeróbios, resistidos ou mistos) e não encontraram diferença estatística entre eles. Outros quatro artigos utilizaram um tipo de exercício, e apenas um estudo utilizou eletroestimulação, não promovendo avanço no nível de atividade física, força muscular e controle de sintomas (dor e fadiga). Conclusão: Embora poucos estudos na literatura, os exercícios físicos parecem contribuir para melhora da força muscular, qualidade de vida, controle de sintomas e manutenção da funcionalidade em pacientes submetidos a quimioterapia paliativa.