Efeitos dos extrativos e cinzas na resistência natural de quatro madeiras a cupins xilófagos

Cerne

Endereço:
Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal de Lavras, Caixa Postal 3037
Lavras / MG
0
Site: http://www.dcf.ufla.br/cerne
Telefone: (35) 3829-1706
ISSN: 1047760
Editor Chefe: Gilvano Ebling Brondani
Início Publicação: 31/05/1994
Periodicidade: Trimestral

Efeitos dos extrativos e cinzas na resistência natural de quatro madeiras a cupins xilófagos

Ano: 2013 | Volume: 19 | Número: 3
Autores: Juarez Benigno Paes, Pedro Nicó de Medeiros Neto, Carlos Roberto de Lima, Maria de Fátima de Freitas, Carlos Estevam Franco Diniz
Autor Correspondente: Juarez Benigno Paes | [email protected]

Palavras-chave: durabilidade natural, térmitas subterrâneos, preferência alimentar

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo da pesquisa foi correlacionar a resistência natural de quatro madeiras ao ataque do térmita xilófago Nasutitermes corniger Motsch. com a quantidade de extrativos e cinzas presentes na composição química das espécies ensaiadas. As madeiras avaliadas foram angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan. var. cebil (Gris.) Alts.), craibeira (Tabebuia aurea (Mart.) Bureau.), cumaru (Amburana cearensis (Allem.) A.C.Sm.) e eucalipto (Eucalyptus camaldulensis Dehnh.). De cada espécie, foram retirados corpos de prova, com dimensões de 2,00 x 10,16 x 0,64 cm (radial x longitudinal x tangencial) em duas posições (cerne externo e alburno). As amostras ficaram expostas à ação dos cupins durante 45 dias em ensaio de preferência alimentar. O teor de extrativos das madeiras foi obtido por meio da serragem que passou pela peneira de 40 "mesh" e ficou retida na de 60 "mesh". A resistência natural não esteve associada aos teores de extrativos presentes na madeira. A madeira mais resistente ao ataque dos térmitas foi o angico nas duas posições avaliadas (cerne externo e alburno) e a madeira de eucalipto foi a que apresentou o maior desgaste, ocasionado pelos cupins. A resistência biológica das madeiras esteve correlacionada com o teor de cinzas, ou seja, a espécie que apresentou o maior teor de cinzas foi a mais resistente ao ataque dos térmitas.



Resumo Inglês:

This study tested the natural resistance of wood of four tree species to Nasutitermes corniger Motsch. xylophogous termite attack and correlate the resistance with the amount of extract and ash in the chemical composition of the tested species. The species evaluated were Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan. var. cebil (Gris.) Alts., Tabebuia aurea (Mart.) Bureau., Amburana cearensis (Allem.) A.C.Sm. and Eucalyptus camaldulensis Dehnh. Test samples with dimensions of 2.00 x 10.16 x 0.64 cm (radial x longitudinal x tangential) were obtained at two positions (external heartwood and sapwood) of each species. The samples were exposed to action of termites for 45 days in food preference assay. The content of wood extractives was obtained through the sawdust that went through sieve of 40 mesh and were retained in the 60 mesh. The natural resistance was not associated with wood extractive contents. The wood more resistant to termite attack was the Anadenanthera colubrina var. cebil in the two positions (external heartwood and sapwood) and Eucalyptus camaldulensis wood presented the greatest wear. The biological resistance of wood was correlated with ash content, i.e., the species with the highest levels was the most resistant to termite attack.