Este artigo é uma análise do processo de criação do vídeo Eidolon (2020), trabalho
artístico conduzido pelas noções de sombra, duplo e fantasmagoria presentes no teatro de
sombras, nos espetáculos de fantasmagoria, na animação de silhuetas no cinema e na
linguagem videográfica, para evocar os efeitos de presença de corpos representados como
imagem em telas iluminadas, projetadas e luminosas. O objetivo da investigação é evidenciar o
potencial poético da interlocução entre ancestral e tecnológico e levantar questões sobre as
sombras do híbrido, da técnica, do oculto, do desejo e da memória em imagens-fantasma nas
narrativas contemporâneas.
This article is an analysis of the creation process of the video Eidolon (2020), an artistic
work conducted by the notions of shadow, double and phantasmagoria present in shadow theater,
in phantasmagoria shows, in the animation of silhouettes in cinema and in videographic language,
to evoke the effects of presence of bodies represented as an image on illuminated, projected and
luminous screens. The investigation aims to highlight the poetic potential of the interlocution
between ancestral and technological and raise questions about the shadows of the hybrid, the
technique, the occult, the desire, and memory in ghost images in contemporary narratives.