Neste artículo, analisa-se o impacto da transformação da maior colônia portuguesa nas Américas, em Reino Unido de Portugal e do Brasil e de Algarves, nos marcos do Congresso de Viena. Em 1820, o movimento liberal Português, através da revolução de Porto, exigiu o retorno do Rei Dom João VI, depois do que, em 1822, se proclama a independência da excolônia, embora sob os auspícios da família real portuguesa, encabeçada pelo herdeiro de um dos Bragança e Bourbon, o príncipe regente Don Pedro de Alcântara. Inaugura-se, então, não uma República, como ocorria em outras regiões de América Latina, mas um Império, o do Brasil, ainda vinculado á lógica da política de Portugal e da casa de Bragança, embora teoricamente, desvinculado da antiga metrópole. Em meio aos antagonismos políticos, econômicos e ideológicos que dividem os países integrantes do Congresso de Viena, - entre os defensores da restauração do sistema absolutista, os movimentos liberais e nacionalistas e as ondas revolucionárias-, o Império luso-brasileiro consolida-se como que “estranhado”, conforme o diria Karl Marx. No Brasil, a monarquia garantirá que os acordos firmados com Inglaterra segundo interesses dos poderes vigentes anteriormente sejam cumpridos -, fortalecendo os interesses dos tradicionais exportadores com vínculos europeus, abortando as tendências liberais e a integração com as lutas latino americanas, isolando das decisões políticas a grande maioria da população, cujas demandas serão consideradas crimes contra o Estado. Para a comprobação de tais considerações, foram analisados documentos do Centro de documentação e historia diplomática do Ministério de Relações Exteriores do Brasil (Biblioteca do Itamaraty),e Documentos do Centro de estudos históricos da Universidade Nova de Lisboa e a historiografia já produzida.
This article analyzes the outcome of Portugal’s largest colony in America become a United Kingdom of Portugal, Brazil and Algarves in the context of Vienna Congress. In 1820, during the Porto Revolution, the Portuguese liberal movement demanded the return of King D. João VI to Portugal, and in 1822, the former colony is declared independent, however still under the influence of the Portuguese royal family, headed by the first heir of the Bragança and Bourbon, the regent prince Don Pedro de Alcântara. After this process, it was created not a Republic, as happened in all the others regions of Latin America, but a Brazilian Empire, that remains linked to the political logic of Portugal, although formally independent of the former metropolis. Between political, economical and ideological antagonism that split the countries in the Congress of Vienna is one of the defenders of the restoration of the absolutist system and, on the other hand, the liberals and nationalist movements and the revolutionary experiences, the Portuguese-Brazilian Empire consolidate itself as a “strange”, as Karl Marx has said about it. In Brazil, the monarchy guaranteed that the deals made with England by the Portuguese would be still valid – making stronger the interest of the traditional exporters that had a strong bonding with Europe, leading to fail of the liberal tendencies and the integration with other Latin American strugles, leaving apart from the political decisions the majority of the population, that had their demands considered a crime against the State. To prove this facts we have analyzed documents of Brazilian external relations ministry’s Centro de Documentação e História diplomática (Itamaraty Library), documents from Universidade Nova de Lisboa’s Centro de Estudos Históricos and the the historiography that have been produced.
En este artículo, se analiza el impacto del cambio de la mayor colonia portuguesa en las Américas en Reino Unido de Portugal, y de Brasil, y del Algarves, en el marco del Congreso de Viena. En 1820, el movimiento liberal portugués, a través de la revolución de Porto, exigió el retorno del Rey Don Juan VI después que en 1822, se proclamó la independencia de la ex colonia, todavía bajo los auspicios de la familia real portuguesa, encabezada por el primer heredero de los Braganza y Bourbon, el príncipe regente Don Pedro de Alcântara. Inaugúrase, entonces, no una República, como ocurre en otras regiones de América Latina, sino un Imperio, el de Brasil, todavía vinculado a lógica de la política de Portugal y de la casa de Bragança, aunque por presupuesto, desvinculado formalmente de la antigua metrópoli. En medio a los antagonismos políticos, económicos e ideológicos que dividen los países, tras el Congreso de Viena, entre los defensores de la restauración del sistema absolutista, los movimientos liberales y nacionalistas y las huellas revolucionarias, el Imperio luso-brasileño se consolidó como que “extrañado” conforme diría Kar Marx. En Brasil, la monarquía garantizará que los acuerdos firmados con Inglaterra con los intereses antecesores sean cumplidos, fortaleciendo los intereses de los tradicionales exportadores con vínculos europeos, abortando las tendencias liberales y la integración con las luchas latino americanas, aislando de las decisiones políticas a la gran mayoría de la populación, cuyas demandas serán consideradas crímenes contra el Estado. Para la comprobación de tales consideraciones, han sido analizados documentos del Centro de documentación e historia diplomática del Ministerio de Relaciones Exteriores de Brasil (Biblioteca del Itamaraty), y Documentos del Centro de estudios históricos de la Universidad Nova de Lisboa y la historiografía producida.