Este trabalho apresenta uma revisão do conceito de responsabilidade social corporativa com base em uma abordagem ética dos direitos humanos. Supõe-se que a responsabilidade social e os direitos humanos compartilhem um potencial ético que, além de qualquer vínculo legal, possa contribuir para uma realização efetiva dos direitos humanos no ambiente de negócios. Primeiramente, é levantado o escopo do conceito de responsabilidade social em relação à responsabilidade das empresas pela violação dos direitos humanos. Em segundo lugar, é analisado o processo de configuração legal, tanto internamente pelos Estados quanto internacionalmente, de responsabilidade corporativa em relação a violações de direitos humanos. Terceiro, desenvolve-se o caráter ético-relacional da responsabilidade social, que, em articulação com o aspecto ético dos direitos humanos e além de toda a sua vinculação, pode inspirar uma coexistência pacífica, diferentemente, da lógica da 'recepção' da alteridade. A partir dessa abordagem ético-relacional, são rastreadas alternativas ao modelo econômico hegemônico subjacente à moderna lógica jurídico-econômica liberal, a fim de estimular a gestação de um modelo jurídico-econômico sororo-fraternal mais plural.
Este trabajo presenta una revisión del concepto de responsabilidad social empresaria a partir de un enfoque ético de los derechos humanos. Se postula como hipótesis que la responsabilidad social y los derechos humanos comparten un potencial ético que, más allá de toda vinculabilidad jurídica, puede contribuir a una efectiva realización de los derechos humanos en el ámbito de la empresa. En primer lugar, se plantean los alcances del concepto de responsabilidad social con relación a la responsabilidad de las empresas por violación de los derechos humanos. En segundo lugar, se analiza el proceso de configuración jurídica, tanto a nivel interno de los Estados como internacional, de la responsabilidad empresarial en relación con las violaciones de los derechos humanos. En tercer lugar, se desarrolla el carácter ético-relacional de la responsabilidad social que, en articulación con el aspecto ético de los derechos humanos, y más allá de su toda vinculabilidad, puede inspirar una convivencia pacífica, en la diferencia, a partir de la lógica de la ‘acogida’ de la alteridad. Desde esta aproximación ético-relacional se rastrean alternativas al modelo económico hegemónico que subyace a la lógica jurídico-económica liberal moderna, en vistas a estimular la gestación de un modelo jurídico-económico más plural, más sororo-fraterno.