Ao investigar em quais circunstâncias o familiar pode tornar-se estranho e assustador, ficamos sabendo que há estranheza no mais alto grau quando um objeto inanimado adquire vida, de modo que não pareça apenas surpreendente, mas sim (e principalmente) assustador. Em The Haunting of Hill House, Shirley Jackson nos apresenta uma casa mal assombrada que parece estar de alguma forma viva. Sem dúvida a incerteza quanto à natureza animada/inanimada de Hill House gera aflição nas personagens, contudo o estranhamento vai além dessa incerteza: somam-se a essas impressões a existência de uma assombração (cuja natureza não é jamais revelada) além das fortes experiências vividas na casa, que culminam no desequilÃbrio mental da personagem Eleanor.
While analyzing the circumstances in which the familiar becomes uncanny and frightening, we learn that the uncanny happens most strongly when an object appears to be alive, in a manner that not only does it seems surprising, but (specially) terrifying. In The Haunting of Hill House, Shirley Jackson presents a haunted house that seems somewhat alive. Surely the uncertainty towards Hill House’s animate/inanimate state distresses the characters, however, the uncanny impression goes beyond this uncertainty: something else haunts Hill House (what it is exactly is never revealed) and strong experiences are dealt with within the house, culminating in Eleanor’s mental breakdown.