No campo teórico da produção cinematográfica, a observação de construções biográficas ganha mais evidência com as constantes experiências da representação do eu e do outro que o cinema estimula. Documentários biográficos e autobiográficos tornam-se práticas frequentes pós-retomada do Cinema Brasileiro. Nessa lógica, cresce a necessidade de criação de procedimentos que possibilitam a identificação de diferentes manifestações de relatar a (própria) vida no cinema documentário contemporâneo. Em sintonia com as categorias encontradas tanto na escrita biográfica literária (Vilas Boas) quanto na narrativa cinematográfica (Puccini), nossa pesquisa centrou-se em proceder à análise fílmica e à delimitação dos procedimentos de relatos biográficos e autobiográficos relacionados ao documentário Santiago (2007), filme de João Moreira Salles.