Jepperson (1991) sugere que a Teoria Neo-Institucional distancia-se da Sociologia
Organizacional clássica ao enfatizar o contexto macro em detrimento do nÃvel microsociológico.
Nesse artigo reconstruo a trajetória do neo-institucionalismo nas últimas duas
décadas com ênfase no esforço de reincorporar a dimensão intra-organizacional. Busco
mostrar que o processo de institucionalização de novas práticas sob a ótica intraorganizacional
é geralmente visto como um elemento desestabilizador. Em contraste,
proponho que a institucionalização de novas práticas pode trazer a estabilização das relações
intra-organizacionais, na medida em que as instituições oferecem configurações legitimadas
de coordenação intra-organizacional. A abordagem proposta permite a incorporação do
elemento agêntico na implementação de novas práticas, ao dar ênfase ao processo de
negociação que ocorre entre várias partes, incluindo stakeholders externos. Nessa medida,
em contraste com Jepperson, é possÃvel reestabelecer as conexões entre a teoria institucional
e o nÃvel micro-sociológico.
Jepperson (1991) suggests that the Neo-Institutional theory departs from the Classical
Organizational Theory by emphasizing the macro context, while the micro-sociological
dimension loses its centrality. In this article, I reconstruct the neo-institutional trajectory
along the past two decades, with special emphasis on its effort in reincorporating the intraorganizational
dimension. I attempt to show that the process of institutionalization of new
practices is usually seen as a destabilizing element. In contrast, I suggest that the
institutionalization of new practices might bring the stabilization of intra-organizational
relations, in the extent that institutions provide legitimated configurations for intraorganizational
coordination. The suggested approach permits the incorporation of the
agentic dimension underlying the implementation of new practices, since it emphasizes the
negotiation process that takes place among all parties involved, including externalstakeholders. As a consequence, and in contrast to Jepperson, it is possible to reestablish the
connection between the institutional theory and the micro sociological analytical dimension.